quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Mídia continua o massacre: o alvo é depor Dilma e destruir a esquerda

Do portal  vermelho 05/02/2015


A mídia hegemônica continua com seu festival de absurdos, e não se enganem: o objetivo não é apenas destruir o PT, mas depor Dilma e varrer a esquerda do mapa.


Baseados em um depoimento dado em novembro de 2013, onde o depoente, em busca da famosa “delação premiada”, estima que o PT tenha recebido uma determinada quantia, estimativa que não conta com nenhuma prova ou sequer indício, os sites da mídia hegemônica fazem a festa nesta quinta-feira (5), festa que será repetida na manhã de sexta-feira (6) pelas manchetes dos jornalões. A cruzada imoral levada a cabo por parte do MPF e do judiciário a serviço do sistema oposicionista chegou ao ponto de, para fornecer um espetáculo à mídia hegemônica, conduzir de forma coercitiva o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para prestar depoimento. A coerção não se justifica de nenhuma forma. Vacarri não estava foragido e não havia se negado a cumprir qualquer intimação. Portanto, o procedimento normal seria intimá-lo para prestar o depoimento, mas isso não serviria ao intento do circo que foi armado em nome do golpe.

Escândalo da Operação Golpe a Jato: delações como fruto aberto de barganha

O jornal Valor Econômico, desta quinta-feira (5), relata, sem nenhum tom crítico, como são escandalosamente barganhadas as “delações”. A matéria com o título “Novas delações premiadas começam a ser negociadas”, revela esta trama verdadeiramente kafkiana.
Relata o Valor: “Os acusadores insistiam para que os dirigentes da Camargo Corrêa assumissem a prática de corrupção com percentual de 5% sobre os contratos celebrados pela Petrobras com a empreiteira, no período de 2004 a 2014. Mas os executivos estavam dispostos a confessar a culpa até o máximo de 2% dos contratos. Discordavam também do período de tempo em que as irregularidades aconteceram (...) As negociações evoluíram quando as duas partes cederam: os empreiteiros se dispuseram a confessar pagamento de propinas de até 3% nos contratos firmados com a estatal. O MPF teria concordado”.

Escândalo da Operação Golpe a Jato: delações como fruto aberto de barganha II

Ou seja, os “delatores” dizem que a propina era de 2%, o MPF quer que eles digam que foi 5%, mas aceita 3%! Nada de investigação, nada de busca pela verdade, apenas uma reles barganha com fim político. Um fim político tão claro que o MPF exige que o período abarcado seja de 2004 até 2014, ou seja, se alguém quiser "delatar" o período FHC já está de antemão avisado que o MPF não o ouvirá, a mídia não divulgará e o prestimoso juiz Sérgio Mora não "premiará". É capaz até de aumentar a pena. Aliás, o PSDB, citado nos primeiros depoimentos “vazados”, simplesmente sumiu da operação Lava Jato, que pode ter tranquilamente seu nome mudado para operação Golpe a Jato.

Folha defende fascistas ucranianos

O jornal Folha de S. Paulo defender os fascistas ucranianos era de se esperar. O que espanta são os “argumentos”. Na edição desta quinta-feira (5) a Folha, em editorial intitulado “No quintal do Kremlin”, diz que “os fatos falam contra Moscou”. Quais seriam estes fatos? A Folha responde: “Desde o começo do ano centenas de equipamentos militares (enviados pelos russos) cruzaram a fronteira entre a Rússia e a Ucrânia”. E quem é a fonte que forneceu estes “fatos”? O próprio jornal revela: a OTAN. Ou seja, para fazer uma análise "isenta" a Folha se apoia e toma como verdade a informação vinda de um organismo com interesses vitais na vitória dos fascistas ucranianos. Mas não para aí o malabarismo daFolha. O jornal saudou como tendo sido uma vitória o patético referendo promovido pela Grã Bretanha em 2013, que “aprovou” a usurpação da ilha argentina Malvinas através do voto de 1.500 colonos britânicos (leia artigo sobre o tema publicado na época pelo Vermelho). Mas o plebiscito na Criméia, que aprovou a união com a Rússia, e contou com 96,8% dos votos (1,2 milhão de pessoas), sendo que o comparecimento às urnas beirou os 90% dos eleitores inscritos, a Folha trata como “controverso”. Isso é que se chama jornalismo “ideológico”.

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